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Doença celíaca: principais sintomas e como detectar

  • Foto do escritor: Betina Meazza
    Betina Meazza
  • 18 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de jul. de 2022


Trigonossauro rex
Trigonossauro rex

Há alguns meses você vem notando sintomas estranhos no seu filho. Ele reclama de dor abdominal frequentemente, tem episódios frequentes de diarreia e, apesar de comer bem, está perdendo peso e enfrenta uma anemia crônica. Apesar de parecer ma doença misteriosa, esses são alguns sintomas que podem aparecer no caso da doença celíaca. Descubra quais são os sinais mais comuns e como detectar.



O que é a doença celíaca?

É uma doença autoimune, que afeta principalmente o intestino, e pode ser desencadeada por diversos fatores:

  • Genéticos: a pessoa já nasce com essa predisposição

  • Ambientais: a criança pode ser exposta a algum fator de agressão ao intestino, como uma gastroenterite e isso acaba servindo de gatilho, por exemplo.

  • Exposição ao glúten: nome da proteína presente em cereais como trigo, cevada, centeio, (lembrando que outros cereais podem conter glúten pelo uso de mesmo local de moagem).

Como fatores de risco, é importante verificar se há parentes de primeiro grau com doença celíaca e condições autoimunes: diabetes tipo 1,doença da tireoide, doença hepática, síndrome de Down, síndrome de Turner síndrome de Williams-Beuren, deficiência de IgA.


Quais são os sintomas?

Muitas vezes o diagnóstico da doença celíaca acaba sendo tardio porque os sintomas são tão diversos que podem parecer outras enfermidades. Confira alguns deles:

  • Diarréia crônica;

  • Constipação crônica;

  • Dor Abdominal crônica;

  • Abdômen distentido

  • Náusea ou vômito recorrente;

  • Perda de peso;

  • Déficit de crescimento;

  • Puberdade atrasada;

  • Atrasos na menstruação;

  • Irritabilidade e fadiga crônica;

  • Inflamação nas articulações;

  • Anemia crônica por deficiência de ferro;

  • Diminuição da massa óssea (podendo ser detectado por fraturas recorrentes);

  • Estomatite aftosa recorrente (detectado pelo aparecimento de aftas na boca e/ou garganta);

  • Erupção cutânea do tipo dermatite herpetiforme (semelhante à lesão de herpes vírus);

  • Defeitos no esmalte dentário;

  • Bioquímica hepática anormal (detectável por meio de exames de sangue específicos).

Como é feito o diagnóstico?

Ele se dá pela combinação dos achados clínicos, laboratoriais e achados da biópsia intestinal(realizada via endoscopia).

No entanto, de acordo com a última diretriz da sociedade europeia de Gastropediatria (ESPGHAN), publicada em 2020, há alguns casos em que se poderia fazer o diagnóstico apenas pela clínica e exames laboratoriais. Nesse caso, se houver o anticorpo antitransglutaminase IgA mais de 10 vezes o limite da normalidade e anticorpo antiendomisio IgA positivo em uma segunda amostra de sangue, se pode fazer o diagnóstico da doença sem a biópsia endoscópica.

Verificando resultados de exames clínicos e laboratoriais positivos, a criança deve ser encaminhada a um gastroenterologista/especialista pediátrico.


Em caso de diagnóstico positivo, devo parar totalmente com os alimentos com glúten?

Nem sempre. O exame alterado precisa ser avaliado a partir de um encaminhamento ao especialista, para definir se devem ser pedidos mais exames de sangue e biópsia. Para isso, é fundamental que a criança esteja ingerindo glúten diariamente, pois é apenas dessa forma que poderá ser feito o manejo mais adequado de cada caso.

É possível ter uma vida normal com alguns cuidados em relação à doença celíaca, como a substituição de alimentos que desencadeiam os processos inflamatórios, por exemplo. Contudo, é importante sempre realizar o diagnóstico e acompanhamento com o gastropediatra, de forma a prevenir complicações futuras.


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